A fotografia de guerra é fotografia que registra imagens de conflitos
armados e das consequências que estas trazem.
O filme Fotógrafo de
Guerra (2001), levanta algumas questões sobre a fotografia jornalística. O
filme é um documentário sobre de guerra, e apresenta especialmente trabalho do
fotógrafo James Nachtwey, um fotógrafo que ainda insiste em trabalhar em algo
tão perigoso e cheio de problemas éticos: qual o preço de uma boa fotografia e
como pode alguém viver em decorrência da miséria de outros?
O filme já começa com
uma frase do fotógrafo James Capa: “Se suas fotos não são suficientemente boas,
não estás suficientemente perto”. Este é um dilema para o fotógrafo de guerra,
porque ele acaba sendo uma vítima também da guerra, então, como estar o mais
perto possível da forma mais segura também? É aí onde se exige prudência, que
neste caso, é o saber agir com calma no momento da crise e saber respeitar quem
está por perto, este trabalho lida com vidas e é necessário ter consciência de
seus limites e de sua segurança, bem como a das pessoas que estão ao redor também.
De
fato, a fotografia de guerra tem uma grande importância porque enquanto o
fotógrafo presencia, está também documentando os fatos. Infelizmente, muitos
fotógrafos considerando seu trabalho como apenas uma forma de subsistência, não
consideram a importância que este trabalho tem como forma de conscientização e
uma esperança para haver de alguma forma, alguma mudança, perdem a prudência no
trabalho e em busca de uma boa foto, muitos colocam-se em risco e colocam os outros
também, por sua ganância, são indiferentes
à dor alheia e se usam dela para poderem lucrar. Ainda assim, há os que como
Nachtwey, veem sua importância no cenário social e muito mais do que bater
fotos, estão presentes para fazer algo melhor, não esperando que o outro tenha
a iniciativa.
O
fotógrafo precisa mostrar a verdade, porque é ela quem de fato liberta a
consciência de quem não está lá e pode fazer alguma coisa, mas um grande
desafio hoje é o de conscientizar e mobilizar pessoas para algo relevante.
Muitas pessoas já se habituaram a assistirem e verem cenas de horror, que mais
uma foto, dificilmente pode tocá-la. A cultura de coisas fúteis que temos hoje,
muitas vezes é a primeira a tentar afastar as pessoas de sua responsabilidade
como seres humanos em lutar para que todos possam ter a oportunidade se serem
livres.
Como foi relatado no
filme pelo próprio Nachtwey, não é muito fácil se fazer este tipo de trabalho
hoje, porque os próprios patrocinadores dos jornais ou revistas, não querem uma
imagem tão triste ao lado do seu anúncio por considerarem ser prejudiciais às
suas vendas. Nesta busca pelo dinheiro é que infelizmente, muitos fotógrafos
correm atrás da boa foto, e neste caso, não é a que irá mostrar a verdade.
Encaramos um problema
ético, porque muitos fotógrafos então, se utilizam do infortúnio dos outros, as
principais vítimas do terror imposto sobre si para poderem ganhar dinheiro. A
imagem dessas pessoas transformam-se apenas em um objeto comercial.