A fotógrafa Annie Leibovitz começou
seu trabalho logo cedo, embora não tivesse certeza de que era o que queria para
sua vida, envolveu-se tão profundamente neste trabalho que se tornou um marco
na fotografia e é uma das fotógrafas mais famosas da atualidade.
Famosa
tem muito a ver com ela, uma vez que ela fotografa pessoas famosas. Os rostos
mais conhecidos do cinema, da televisão e mesmo da música, ela fotografou. Seu
diferencial é a criatividade e a percepção do que ela está fotografando.
Ela
começou sua carreira fotografando para a revista Rollyng Stones e a partir daí
começou a ganhar reconhecimento. Ela cresceu profissionalmente junto com esta
revista que fora criada por um grupo de jovens no final da década de 1960 e era
voltada à cultura hippie da época e foi ganhando fama. Era uma revista que a
princípio parecia falar apenas de música (inclusive um dos fundadores era um
crítico da música Ralph J. Gleason) estava interessada em política, sociedade e
cultura também, mas não se distanciava da ideia original, uma vez que as
próprias músicas da época tinham sua participação política e social.
Esta
percepção característica de Leibovitz , muito além do que os críticos ou mesmo
o público percebe, é percebida também por quem é fotografado por ela. Os
próprios artistas sentem-se não apenas o personagem retratado, mas segundo eles
mesmos dizem, ela consegue alcançar a particularidade de cada um, em certeza em
sua experiência, ela aprendeu a ver além do que a lente pode revelar. O que com
certeza é muito importante para quem fotografa, pois a câmera pode captar a
imagem, mas a mensagem que esta pode levar só pode ser captada por alguém que
tenha capacidade de raciocinar, fazer escolhas e ter também humanidade dentro
de si, e este é o papel do fotógrafo.
Ela
me parece muito coerente em todo o seu processo de desenvolvimento como
fotógrafa. Seu trabalho é muito coerente do início ao fim, com ela mesma, sabe
diferenciar a foto artística da foto comercial, outra característica louvável.
Ela
sabe se adaptar com facilidade, mas sua adaptação não a faz perder o que é
importante na fotografia, ela se adapta para, como dizem os que a conhecem,
“surpreender”. A fotografia de moda, que é onde ela se inseriu em algum
momento, já é por si uma montagem... junta-se um cenário, uma personagem, uma
roupa, uma época... mas a diferença entre ela e boa parte dos fotógrafos de
moda é que estes pegam uma situação pronta e fotografam, então, os designers
gráficos se viram para arrumar os melhores efeitos para apresentarem a foto
comercial e venderem. Ela procura ser inovadora em cada foto, embora pegue algo
pronto, ela consegue ornamentá-los mais e fazer uma fotografia totalmente
diferente dos outros fotógrafos. Alguém disse que uma fotografia dela é o sonho
de qualquer designer gráfico trabalhar. É portanto um desafio, o designer não
irá deixar a foto dela “bonita” ele irá apenas acrescentar o que a máquina nas
mãos dela não conseguia fazer.
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