Jan Saudek é um fotógrafo muito interessante, tanto como artista como quanto pessoa. Os interesses podem ser de elogios à críticas. Embora todo artistaseja alvo de elogios e críticas, Jan se destaca por sua temática escolhida.
Nascido em 1935 em Praga, atual Tchecoslováquia, começou seu trabalho em 1950. Sua temática é um tanto pornográfica, mas segundo ele, ele fotografa o que gosta.
Gosto pessoal é uma característica impressa em cada trabalho artístico, dificilmente alguém tem coragem de expor o que não gosta, pode ser uma temática interessante. Agora depende do artista ter bom gosto ou mau gosto, mas quem pode definir o que é bom ou mau? A ética poderia até entrar na discussão, porém deveria haver outra discussão para definir a ética que seria usada.
A temática de Saudek incomoda algumas pessoas, atrai outras, mas será sempre assim, e que obrigação temos de agradar ou desagradar todo mundo? Há quem diga que ninguém pode agradar a todos, eu digo que ninguém pode desagradar a todos também. Sempre, em algum canto do mundo, alguém terá o “bom gosto” ou o “mau gosto” de apreciar o que alguém fez.
A escolha de uma temática portanto, não se deve dar pela necessidade ou vontade de agradar ou desagradar a todos, há muito mais que isso na arte. Mas é necessário que haja uma certa consciência das consequências que surgirão como resultado da escolha feita, porque não precisamos agradar a todos, nem desagradar a todos também, mas precisamos ter a consciência de que o ser humano é frustrável com as consequências.
A inteligência humana é capaz de fazer escolhas e as escolhas são fruto de raciocínios bem ou mal formulados. Me parece que Saudek sabe bem o que quer, embora possa parecer para alguns que ele não é lá um bom artista, Saudek mostra-se muito interessado e focado no seu trabalho que foi fruto de muitas decepções e frustrações também em sua vida. Acho até que seu trabalho foi a forma que ele achou não para fugir da realidade, mas para lidar com suas frustrações de forma aberta e clara. Se foi a melhor escolha para lidar com elas, quem pode dizer?
quinta-feira, 25 de abril de 2013
quinta-feira, 11 de abril de 2013
ANTES DA CHUVA
Este texto é uma análise do filme "Antes da chuva".
O filme “Antes da Chuva” de Milcho Mancheski aborda alguns
assuntos sobre ética e fotografia. A história mostra duas realidades sociais
que parecem estar distantes, mas ao mesmo tempo, mostra que por trás de uma
ética que muitas vezes é apenas uma capa, no fundo de cada ser humano há alguns
desejos, sentimentos e pensamentos que os induzem a agir de maneiras não
éticas.
A
grande dificuldade em se julgar o que é ou não ético é o de se descobrir qual é
a verdadeira fonte da ética. Por muito tempo, Deus foi a fonte da ética, o Deus
dos hebreus que mais tarde se tornou o Deus do cristianismo, há muito tempo
crescente no mundo. Mesmo na época do povo de Israel , haviam vários outros
povos que não serviam ao Deus deles, cada povo tinha o seu Deus. Os outros povos tinham cultos que à vista do
povo de Israel e ainda à nossa vista hoje é considerado antiético como o
sacrifício de crianças. Mas o próprio povo hebreu tinha costumes que hoje
também não é considerado lá muito ético, como o sacrifício de animais.
Enquanto
a ética era baseada em Deus, ela não era mutável, uma vez que Deus não muda
(Ezequiel 3:6). Tão logo Deus deixou de
ser o legislador da ética, os seres humanos passam a sofrer com a dúvida do que
é ético ou não, uma vez que esta agora está em suas mãos.
Um
dos grandes problemas da ética é o relativismo, pode parecer que na ética
divina não existisse relativismo, porque muitas vezes ao nosso ver, era uma
ciência exata, mas na realidade, embora a ética divina não fosse mutável, alguns costumes que Ele exigia, eram sim relativos, não fosse isso, não se
haveria encerrado o costume do sacrifício de animas, a pena de morte e muitas
outras coisas, isso se deu por Jesus que embora para muitos cristãos Ele tenha
vindo para abolir a antiga lei e dar uma nova lei, na verdade veio (segundo a
Bíblia), para ensinar a verdadeira ética da lei (Mateus 5:) , ensinar que a
ética não está em fazer e sim em ser, mas isso já é uma abordagem do campo da
teologia.
O
filme mostra duas culturas em que as pessoas vivem sob suas éticas. Em uma, uma
sociedade bem organizada, ocidental, em que o governo é responsável pelos
poderes legislativo, executivo e judiciário. Fora do governo, há conceitos
éticos que influenciam também as pessoas, conceitos estes que muitas vezes
fogem do alcance da legislação tradicional como o da fidelidade conjugal. Não
conheço na verdade, algum lugar em que seja ético ou aceitável a traição
conjugal, no entanto, nos países ocidentais, uma pessoa que é pega traindo não
é presa pela polícia ou condenada à prisão. O filme apresenta uma mulher que é
casada tendo um caso extraconjugal com um outro homem, ambos não sabiam que
isso é “errado”? Então porque fazem? Porque mesmo que seja errado isso não lhes
traz consequências jurídicas?
Isso
mostra que mesmo nos lugares em que há uma lei, quer seja publicada, quer seja
imputada culturalmente, a maioria das pessoas deixam de fazer certas coisas não
porque de fato as considerem antiéticas, mas por temerem um resultado
desagradável para si, neste caso, cada um pesa suas consequências e julga quais
resultados serão ou não suportáveis.
Acontece
que mesmo em sociedades assim, há ainda aqueles que por seus motivos, agem
contrária às regras da sociedade e desrespeitam os direitos dos outros,
exagerando em sua liberdade e, isso sim lhes causa muitas consequências desagradáveis.
Aí a lei entra diretamente na vida do indivíduo, privando-lhe certos direitos
por causa do que ele fez.
Em
outras sociedades, em que o governo não tem muito domínio, as pessoas buscam
obter mais e mais direitos e vivem se confrontando com qualquer que seja diferente
de seus princípios ou valores.
Enfim,
até antes de ser inventada a fotografia, as pinturas retratavam e registravam
os costumes de uma certa sociedade, muito embora, pudesse fazê-lo apenas do
ponto de vista de alguns. Com a fotografia, os costumes e a ética do mundo é
apresentado de outra maneira, ela pode registrar o que acontece em tempo real,
exatamente como foi, mas o que pode ou
não ser fotografado? A ética na fotografia entra no mesmo dilema.
terça-feira, 9 de abril de 2013
ICC - Instituto Central de Ciências, UnB
Aqui vão alguns desenhos meus do ICC... foram feitos em 08 de abril de 2013.
Ceubinho (Embaixo do Mezanino Norte)
Rampa da Saída da Ala Centro para a BCE
Instituto Central de Ciências - UnB
O DADÁ A COLAGEM E A PAISAGEM DA ERA INDUSTRIAL
Por Alessandra
Alves, Lucas Ximenes, Rodrigo Vieira
Hans Harp |
Em um contexto assim, haviam duas
escolhas a fazer: aceitar a guerra e o comportamento humano como algo natural
das escolhas feitas até ali ou perceber que havia algo de errado e que era
necessário ver as coisas de outra forma, quem sabe, ter que começar do zero.
Esta era a proposta dadaísta, porém
apesar de muito interessados em uma nova ordem das coisas, as pessoas
envolvidas no dadaísmo (que não eram apenas artistas, mas muitos atores e
escritores também) mantinham o pé no chão sobre qual era de fato a sua
proposta. Seria impossível criticar a industrialização das coisas partindo do
zero, portanto, o dadaísmo se apropria sim de diversos produtos
industrializados, mas com a proposta de modificar a visão das pessoas sobre
aquilo.
O movimento causou certa revolta e
acabou sendo rápido. Mas sua influência está presente até hoje, na maioria dos
artistas que procuram protestar contra especialmente, o capitalismo.
O
DADÁ
Cabaret Voltaire |
Uma guerra com as proporções da primeira
guerra mundial, naquela época era muito assustador. A guerra era uma
contradição clara ao racionalismo tanto defendido por pessoas que deram suas
vidas para que o sonho da liberdade fosse alcançado por todos e parecia estar
se tornando realidade.
Hugo Ball na inauguração do Cabaret Voltaire |
Ball era alemão e já tinha seu
envolvimento com a arte, era poeta, escritor, filósofo e diretor artístico de
teatro. Tristan Tzara, um poeta romeno, declamava poesias e Richard Huelsenbeck
que era medico e poeta alemão era também o apresentador do Cabaret. Hans Arp
era pintor e Marcel Janco era pintor e arquiteto, fornecia os cartazes do Cabaret
Voltaire com Marcel Slodcki e Max Oppenheimer, as decorações e máscaras. Estes
foram os que participaram do início do Cabaret.
O Dadá surge em plena primeira guerra
mundial. A guerra fora iniciada em 1914 e, portanto, já estava em seu segundo
ano. O mundo estava totalmente desorientado. A primeira guerra mundial
inclusive, fora batizada como “a guerra para acabar com todas as guerras”.
Hoje, sabemos muito bem que isso fora uma mera ilusão.
Observar portanto, pessoas que ainda
estavam interessadas em fazer uso da razão naquela situação é muito
interessante, mas estes foram confundidos até mesmo com loucos, por fazerem
coisas que pareciam não ter sequer sentido.
Emmy Hennings |
A arte Dadá parece ter escolhido a
primeira opção, contestando claramente os caminhos pelos quais as pessoas
trilhavam, em direção oposta ao verdadeiro progresso. Os artistas portanto, se
utilizaram da arte para poderem fazer este despertamento nas pessoas. Por isso,
muitos movimentos contemporâneos que pretendem protestar contra o sistema
capitalista se utilizam dos meios usados por seu precedente dadaísta.
O Nome
Em 1916,
o Dadá já existia. Na verdade, 1916 foi um ano marco para a história oficial do
Dadá especialmente em Zurique porque lá foi onde o movimento aconteceu
simultaneamente, envolvendo diversos artistas e através do Cabaret Voltaire,
atraindo também muitas pessoas. Portanto, em Zurique o Dadá tornou-se bastante
popular.
Em
Zurique, Tzara e Janco, ambos romenos, quiseram adotar este nome que na verdade
ainda é tema para muita discussão, uma vez que não tem um significado
específico, mas que acaba sendo também, fruto do acaso.
A revista
Duchamp e Picabia fundaram a revista
291, que antecipava diversos temas do movimento dadaísta. Eles só aderiram de
fato ao movimento em 1918, no último ano da guerra.
A
revista Dadá foi ideia de Tzara, que foi também o responsável pela edição e
publicação dela. A partir dela, foi introduzido ao Cabaret, eventos literários,
e como fruto, surgem também os poemas Dadá. Estes poemas tinham a proposta de
serem também fruto do acaso e iam surgindo juntando frases ou palavras aleatórias
dos poetas e declamando-as.
Os
poemas abstratos foram o auge do movimento Dadá, uma vez que fora inédito uma
proposta de desconstrução da literatura também. A imagem já estava tentando ser
desconstruída de várias formas, mas até o Dadá, ainda possuía certas limitações
por acabar sendo arte de galeria, como no caso do Cubismo.
No final
de 1916, Hugo Ball e Tzara fundaram a galeria Dadá. O Cabaret Voltaire já havia
sido fechado por conta de protestos dos cidadãos da cidade. Todo aquele movimento
despertou revolta em muitas pessoas, não era lá muito aceitável aquele tipo de comportamento.
O
movimento Dadá continuou, mas já não mais como antes, tornou-se mais discreto.
Ball, Tzara, Janco e Hans Richter organizavam visitas guiadas e durante o
trajeto, os guias insultavam as pessoas a fim de lhes provocar. Esta foi uma
característica que aconteceu em todo o mundo, por onde o Dadá passou.
O acaso
O Dadá foi um movimento que procurava
ser contrário a todo o conceito anterior de arte, querendo contestar tudo o que
já havia de arte até então. Para os dadaístas, a verdadeira arte era a
antiarte. Era um movimento artístico que negava a própria arte, era um
contra-senso.
Os artistas estavam interessados em se
livrar das atribuições dadas à arte. Queriam livrar-se das mistificações nela
envolvidas bem como o seu papel. O objetivo do Dadá não era construir uma nova
arte, mas se construir.
Uma
característica dos artistas Dadá, é que estes gostavam da sensação de liberdade
que este movimento lhes proporcionava. Através destas experiências, podiam
portanto escutar suas “vozes interiores".
Com
isso, ser artista ganha uma nova característica. O ser artista não é mais
exercer uma determinada profissão e dominar determinada técnica, mas é ser ou
tornar-se livre.
O anti-acaso
Mas ao
passo que procuravam fazer uma arte livre de todas as regras e prescrições da
academia, da sociedade e de qualquer outra forma de modelagem cultural,
procuravam também uma disciplina, uma nova ordem para as coisas.
Não era apenas a vontade de destruir
tudo o que já se havia construído até ali, tanto é que os artistas dadaístas se
utilizavam também de objetos industriais, mas não com a finalidade de
utilizá-los da forma para que foram feitos, mas com o intuito de apresentar uma
nova visão sobre as coisas que as pessoas já estavam tão habituadas a usar,
aceitando cada coisa sem ao menos raciocinar sobre aquilo.
Ao colocar bigodes na Gioconda de Da
Vinci, não procura desfigurar a obra prima, mas está apenas modificando uma
cópia da obra original, tanto venerada pelas pessoas, mas que não sabem
distinguir o original da cópia, tal foi a introdução das imagens produzidas
industrialmente.
Duchamp consegue alcançar o topo da
ideologia Dadá quando se utiliza de objetos comuns apresentando-os como sendo
obras de arte, como por exemplo, o mictório ou uma roda de bicicleta.
Descontextualizando-os, traz à discussão a diferença do que é necessário e do
que é estético para uma sociedade utilitária. O estético pode ser atribuído por
qualquer pessoa que queira teu uma percepção diferente sobre o que está tão
presente em sua vida.
EXPOSIÇÕES
Aconteceu entre 17 de
fevereiro e 15 de março de 1913, na sede do quartel Nacional de Nova York, daí
a denominação Armory Show. Foi a primeira mostra da arte Moderna com 1250 obras
. Nessa primeira mostra participaram os artista ingres, delacroix, Cézanne,
Renoir, Monet, Gauguin, Braque e Duchamp entre outros.
Zurique
Baseando-se
unicamente na ironia, irracionalidade e no efeito de choque das suas
provocações literárias (ELGUER), a primeira exposição na Suíça aconteceu na
inauguração do Bar café Cabaret Voltaire, em 15 de fevereiro de 1916,com o seu
fundador e proprietário Hugo Ball reunindo entre os amigos as obras – pinturas,
gravuras, peças literárias, textos e recitais. Seus principais representantes
nas artes plásticas foram Max Oppeheimer, Hans Harp, Marcel Jacob e na
literatura .
Berlim
O movimento Dada em
Berlim foi tumultuado mas tal qual aconteceu em Zurique, a contradição e a
ilógica estavam presentes, no entanto devido a situação caótica política Alemã
– greves (400.000 trabalhadores em 1918), motim naval, descontentamento com o
momento político e social, o dadaísmo em Berlim assumiu uma postura de luta
política. Seus principais representantes foram Richard Huelsenbeck, George
Grosz e John Heartfield. Em 12 de Abril de 1918, Huelsenbeck e Raoul Hausmann
organizaram um noite de recitação na Sezession de Berlim onde foi lançado o
primeiro manisfesto Dadaísta da Alemanha intitulado “Dadaísmo na vida e na
arte” posicionando contra o expressionismo alemão e enobrecendo as
características especiais do Dadaísmo ( ELGER). Propôs também a criação do Club
Dada. A primeira exposição aconteceu na Primeira Feira Internacional Dada, numa
tentativa de tentar documentar o caráter global do movimento. Aconteceu entre
30 de Junho a 25 de Agosto de 1920. Incluía uma lista de 174 trabalhos
distribuídos em várias salas sendo o que corredor que as separavam, estavam repletos de todo tipo de peças, tudo
muito junto, onde a maioria eram de artistas de Berlim, mas com a presença de
outros lugares, Zurique – Hans Arp, Dresden - Otto Dix, Paris – Francis Picabia, Colônia – Marx Enst
e Antuérpi – Otto Schmalhausen entre outros. “Eles exibiram todo tipo de arrojo
possível em termos de material, opinião e invenção – sem paralelo mesmo em
relação ao atual Neo-Dada ou a Pop Art – mas o público não acompanhou, já
ninguém queria ver mais Dada” resumiu Hausmann décadas depois.
Fim
do Dadaísmo
O Dadaísmo não foi
uma vanguarda que perdurou por muito tempo, talvez pela maneira abrupta que
apareceu e a força com a qual se propagou, influenciando seu fim precoce. O
certo é que com o movimento bem contestador e um tanto quanto “rebelde” os
membros do mesmo começaram a se desentender. Tzara, que se intitulava monsieur
dadá, não permitiu que tirassem as rédeas de sua mão, mas Breton e Picabia
determinavam cada vez mais os rumos do movimento. Sendo assim as tensões
começaram a crescer cada vez mais, o que levaria a dissolução do Dadaísmo. Apesar de artistas como Man Ray, Max Ernst,
Ribemont-Dessaignes entre outros artistas e literatos continuarem com sua
produção o Dadaísmo havia passado. Em Weimar alguns amigos se reuniram para o
“enterro” do Dadaísmo.
Tzara redigiu a
oração fúnebre e a pronunciou em Jena, Hannover e Berlin. Foi publicada no
numero 7 da revista “Merz” de Schwitters (1923).
Neodada
Devido
ao alto grau de experimentação dos Dadas muitas novas possibilidades gráficas
foram empregadas na arte e na indústria, porém o estilo dadá ficou apagado por
mais ou menos 30 anos, novos artistas recuperam algumas conquistas do movimento
dadá como a assemblage e a apropriação. A inspiração primeira são os
ready-mades de Marcel Duchamp (1887-1968), construídos a partir da combinação
inusitada de elementos da vida cotidiana ou das simples exposições de objetos
comuns. Recriaram uma arte onde nem a natureza nem o ser vivo são o alvo, mas
sim o mundo pré-fabricado, um mundo pré-mastigado e no centro disso tudo
estaria a PopArt.
No
Brasil, um certo espírito do neodada e da arte pop pode ser localizado em obras
da década de 1960, presentes nas obras de artistas como Antonio Dias e Nelson
Leirner.
Pop-Art
O visual da pop-art
como já dito é do mundo pré-fabricado, das latas de cerveja e das garrafas de
Coca Cola, das fotografias de Pin-ups. Uma vanguarda contra a cultura de massa.
“Na realidade pode ser qualificada como uma tentativa artística de enriquecer a
pobreza de espirito.” segundo Brian O’Dougherty.
Os
anúncios são descolados de seus contextos e transpostos para obra de arte, mas
guardam a memória de seus locus
original. Ao aproximar arte e design comercial, o artista borra,
propositadamente, as fronteiras entre a arte erudita e a arte popular, ou entre
arte elevada e cultura de massa.
Happening
O termo happening foi criado no
fim dos anos 1950 pelo americano Allan Kaprow para designar uma forma de arte
que combina artes visuais e um teatro sui generis, sem texto nem
representação. É gerado na ação e como tal, não pode ser reproduzido. Seu
primeiro modelo são as rotinas e as fronteiras entre a arte e a vida. Espécie de arte total em que se
encontram reunidas diferentes modalidades artísticas – pintura, dança, teatro e
musica.
CONCLUSÃO
O
movimento dadaísta foi singular no sentido de não está ligado apenas com a arte
como sua única linguagem, mas se apropriou da literatura, da música, em seus
poemas ritmados e na escultura, o que influenciou bastante o surgimento do
happening.
O dadaísmo foi uma grande festa e um
grande protesto, foi a fuga da razão em tempos insanos ou a racionalização da
insensatez humana. Seu movimento terminou rapidamente, porém suas contribuições
ideológicas e estéticas, perduram até hoje.
Embora sua presença atual não seja de
forma sólida como era, ela está dissolvida entre movimentos, ideias e conceitos
na indústria, na arte e na propaganda ou por onde quer que tenha passado e
“fertilizado” seu solo.
REFERÊNCIAS
ARGAN, Giulio C. Arte Moderna. São Paulo. Companhia das letras,
1992.
RICHTER, Hans. Goethe-Institut,
Munique1984.
ELEGER, Dietmar., Dadaísmo. Tachen, 2005.
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