Ao iniciar minhas aulas de Desenho 1 na Universidade de Brasília, logo me deparei com algumas coisas que ajudaram os meus desenhos a dar um grande salto.
Além do conhecimento sobre proporção e anatomia humana e animal, a exclusão da borracha foi algo muito libertador.
Na época em que comecei o curso de Artes Plásticas, eu morava ainda em Luziânia - GO, bem perto da divisa entra o Valparaízo de Goiás - GO.
Por ser muito distante, demorava muito tempo dentro dos ônibus, as viagens eram cansativas, os ônibus muito lotados... ainda hoje é para quem usa transporte morando por lá...
Na época ganhei, da patroa da minha mãe, um caderno bem grande que servia de rascunho. Um lado havia sido utilizado e o outro lado da pagina estava em branco, eram vários documentos sem valor.
Então passei a levar este caderno de rascunhos na mochila e como já estava me libertando da borracha mesmo, comecei a desenhar com canetas esferográficas que tinha.
Os resultados foram ficando cada vez mais interessantes e se tornava um entretenimento tanto para mim como para os demais usuários do transporte coletivo, que ficavam surpresos ao ver desenhos, formas surgindo, a partir de rabiscos tortuosos devido a movimentação e vibração do ônibus.
Hoje me lembro que não comecei a desenhar no ônibus por este tempo, mas que quando criança, gostava de desenhar no ônibus também... Deixava o lápis bem encostado no papel e a mão bem leve, para que a agitação do próprio ônibus guiasse as linhas, assim, brincava de fazer mapas, dos lugares mais curiosos da minha mente.
Sei que estas brincadeiras todas me ajudaram muito a desenhar como desenho hoje, que não é lá essas coisas, sou ainda um aprendiz, em estágio inicial, mas que desejo avançar cada vez mais.
Todos estes desenhos desta postagem são a partir de maio de 2010.
Este foi meu primeiro desenho que mais chegou perto do que inicialmente eu pensei, até hoje me lembro que estava perto da minha mãe no ônibus, chegando na Rodoviária do Plano Piloto |
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